A suprema arte da guerra é derrotar o inimigo sem lutar

Essa semana o programa Marginália apresenta uma playlist composta por músicos palestinos, árabes e israelenses, para falar sobre o conflito que assola estes povos há décadas.

O conflito entre israelenses e palestinos remonta ao início do século passado. Entre a segunda metade do século 19 e a primeira metade do século 20, uma migração em massa de judeus de vários países para a Palestina provocou uma mudança na demografia local.

Majoritariamente árabe, a região – que até 1917 pertencia ao Império Otomano e depois, até 1948, foi um protetorado britânico – passou a ter uma população judaica cada vez maior.

A guerra de 1967 é o núcleo da problemática mais recente. E é o núcleo dificultador da solução de dois Estados [Israel e Palestina]. Se você olhar as fronteiras de 67, Jerusalém oriental teria que pertencer aos palestinos, que a querem como capital.

E esse parece que é um dos pontos menos negociáveis por parte de Israel, que tem uma população decidida a ter Jerusalém como capital”, diz o coordenador do Laboratório de Estudos Asiáticos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Leonardo Valente.

As cicatrizes do confronto são visíveis, principalmente na Faixa de Gaza. De acordo com a ONU, cerca de 373 mil crianças irão necessitar de apoio psicossocial. Aproximadamente 485 mil pessoas foram deslocadas para abrigos de emergência ou casas de outras famílias palestinas.

Além disso, 1,5 milhão de pessoas que não vivem em abrigos estão sem acesso à água potável. Gaza é atualmente controlada pelo Hamas, o principal grupo islâmico palestino que nunca reconheceu os acordos assinados entre Israel e outras facções palestinas. A Cisjordânia é governada pela Autoridade Nacional Palestina, governo palestino reconhecido internacionalmente, cujo principal grupo, o Fatah, é laico.

A hora de respirar

Segundo passeio com bandas nacionais!