O vibrar do sanshin e dos taikos no Okinawa Matsuri

Okinawa

Festival é palco de tradições japonesas em Londrina. A cultura da ilha de Okinawa se difere das outras províncias japonesas por seu contato com outros povos desde quando fazia parte do reino de Ryukyu. As cores vibrantes das roupas pintaram o evento Okinawa Matsuri seguido pelo Show de Tradições. A edição 2019 foi realizada dia 23 de novembro, na Associação Cultural e Recreativa Okinawa de Londrina (Acrol), criada por imigrantes residentes em Londrina.

Para um dos sócio-fundadores da Acrol, Seijo Takemura, o festival representa a união de imigrantes e brasileiros, de jovens e pioneiros, que dançam e se divertem ao som dos taikos (tambores) japoneses. “Tenho 80 anos e sei que o mais importante para os jovens é estudar muito, inclusive nossas tradições”, comentou.

A forte resistência da cultura do povo de Okinawa atraiu, segundo o presidente da ACROL, mais de mil pessoas para o show dos grupos de danças tradicionais e modernas. “Ao preservarmos tradições, passamos adiante histórias e valores importantes que não devem ser esquecidos. Ao mesmo tempo estreitamos os laços entre brasileiros e okinawanos”, disse Athos Ishikawa, vice-líder do grupo Ryukyu Koku Matsuri Daiko de Londrina. O evento foi patrocinado pelo governo okinawano por meio do projeto “Embaixador da Boa Vontade”, intermediado por Mário Sigueo Iramina. “A fundação da escola Ryukyu Buyô também foi criada com os subsídios do projeto”, explicou Luiz Shiroma, presidente da ACROL.

Os grupos Takaryu Hana no Kai e Ryukyu Minyo Kyokai marcaram presença trazendo 36 pessoas de São Paulo. Também se apresentaram os grupos londrinenses Ryukyu Koku Matsuri Daiko, o grupo de dança e o de sanshin (instrumento de três cordas) da ACROL. A AlmA Londrina Rádio Web acompanhou os ensaios dos grupos no dia do festival (confira no vídeo abaixo).

Além de danças tradicionais e músicas tocadas nos instrumentos de três cordas, a gastronomia tradicional da ilha de Okinawa se fez presente. O Okinawa sobá, o moti e o zenzai, como outros pratos, atraíam grandes filas para degustação.

texto de Maria Eduarda Oliveira (estudante – Jornalismo UEL)

imagens de Emerson Dias (professor – Jornalismo UEL)

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