Das radionovelas ao jornalismo comunitário

Vita Guimarães começou no rádio com apenas 16 anos para, décadas depois, tornar-se referência no jornalismo comunitário em Londrina (PR).

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A carreira iniciada em 1968 culminou com o título de reconhecimento público pelos serviços prestados à comunidade por meio das produções radiofônica, em 2001.

A mineira Vita nasceu na cidade de Cássia em 1952. Já no ano seguinte foi com a família em um “pau-de-arara” à Londrina na época do ouro verde da cafeicultura. Mas o destino de Vita era mesmo falar e ouvir as pessoas no rádio, onde começou a trabalhar depois de aprovada em um teste na Rádio Atalalia, concorrendo com mais de 60 pessoas. Precisou trabalhar as primeiras semanas escondida da mãe, já que ser “mulher do rádio” na época era uma profissão carregada de preconceito.

Enquanto morava na “roça” (região próxima ao Lago Igapó, principal ponto turístico de Londrina e, hoje, área nobre da cidade), ela trabalhava como atriz da radionovela “Rosa Vermelha”. Com o sucesso vieram convites para outras rádios locais e um especial, em 1973, para trabalhar na Rádio Tupi do Rio de Janeiro.

Permaneceu na emissora carioca durante um ano e acabou voltando para o Paraná. “Morava em Jacarepaguá, saia às seis da manhã pra chegar às nove lá na Rádio”, relembrou.

Depois da Atalia, trabalhou como apresentadora e entrevistadora nas rádios Brasil Sul, Alvorada e Cruzeiro até chegar à Paiquerê AM em 2003, onde fez aquilo que mais gosta: jornalismo comunitário. Vita tem três filhos, atua ativamente nas comunidades e na política local e frequenta uma igreja de origem japonesa.

Gravação e edição: Keli Gevezier. Produção: Mário Sales, Emerson Dias e Keli Gevezier.

Fotografia: Emerson Dias

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