‘Califórnia’, o novo disco do Blink 182

HOJE no programa tem o lançamento oficial do sétimo álbum da carreira do Blink 182.

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O disco novo da banda não só foi bem recepcionado pelo fiel público do punk pop, como alcançou o primeiro lugar das paradas americanas (Billboard 200) e também das paradas europeias. Um desempenho que surpreendeu até mesmo os próprios integrantes.

No inicio do ano, Tom Delonge – guitarrista e vocalista da formação original do Blink 182 – foi desligado do grupo pelos outros dois integrantes, Mark Hoppus e Travis Barker. Sua saída colocaria em xeque o futuro do Blink, mas não por muito tempo: Matt Skiba (Alkaline Trio) foi anunciado como novo guitarrista e vocalista da banda.

Tom Delonge vinha tentando introduzir, desde o álbum Neighborhoods (2011), sonoridades e temáticas bem distintas daquelas que fizeram o Blink 182 ganhar reconhecimento internacional. O disco de 2011, até vendeu bem, mas foi considerado confuso pelos críticos, e fraco – pelos fãs.

Com a saída de Delonge, os outros integrantes Mark e Travis puderam reunir a atenção em uma sonoridade mais voltada para o que o grupo fazia em início de carreira.

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O lançamento do álbum California fez voltar o bom e velho (?) pop punk. No entanto, o disco tem o mesmo frescor e as mesmas temáticas de quinze anos atrás: a irreverência, as bebedeiras, os amores adolescentes. O pop do punk ficou ainda mais evidente, em California. Há que se ressaltar o bom trabalho do baterista Travis Barker, mais uma vez. O disco não é completamente pop em razão da sua condução, que dá um aspecto mais visceral a tudo.

O substituto Matt Skiba, não decepciona e faz uma dobradinha interessante com Mark nos vocais. Ambos possuem um timbre bastante parecido, e é o que distancia do Blink antigo, já que a voz de Delonge é muito mais aguda, o oposto de Mark.

Enfim, o segredo deste sucesso do Blink 182 talvez seja buscar uma sonoridade que um dia os destacou, no cenário mundial – uma autorreferência. Nenhuma mudança brusca, como a que o Green Day promoveu com American Idiot em 2004 – promovendo uma ópera rock em que a característica de crítica política e social (antes inexistentes no Green Day) apareceram, com destaque. Não: California é rigorosamente tudo o que o público fiel ao Blink 182 e ao punk pop queriam ouvir. Não espere mudanças, amigo. É o bom e velho (?) Blink de sempre. E essa é a explicação do sucesso de vendas.

Foto: Divulgação

FONTE: https://escutaessablog.wordpress.com/tag/blink-182-california-resenha/

Com as palavras: Heitor Ferraz Mello

Instrumentos poderão ser testados em exposição