Não somos pobres, somos mal administrados

O programa dessa semana reflete sobre a hipótese da pobreza brasileira, presente em todos os discursos que colocam o Brasil como um país sem divisas para sustentar seus projetos sociais, financiamentos de produção e realizar a reforma agrária.

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Essa hipótese é sustentada pelas mídias que o tempo todo falam da precariedade e da falta de recursos para obras que são consideradas de extrema importância para a sociedade.

Mas até que ponto um país proprietário de instituições financeiras e empresas que fecham anualmente com lucros altíssimos (como por exemplo BNDS, Caixa Econômica e Banco do Brasil) pode ter tanto problema em gerir as necessidades sociais do país?

Ao todo são 149 empresas estatais produzindo diariamente no Brasil, fora o caso da concessão dada a mineradoras privadas e privatizadas, como no caso da Companhia Siderúrgica Nacional cujo lucro saltou 30 vezes no quarto trimestre do último ano, algo em torno de 2 bilhões.

O mesmo país que não resolve seu problema de reforma agrária, segundo estudo realizado pelo geógrafo Ariovaldo Umbelino, tem metade de suas terras em posses ilegais, terras públicas entregue a grande latifundiários com base em documentos forjados e mantidas a base de propinas.

Como um país rico em minérios, com empresas estatais tão lucrativas pode ainda se sentir tão miserável e aceitar que seja negada a sua população direitos básicos de subsistência?

Na playlist, La Mambanegra, Petrona, La Mojarra Electrica, Systema Solar, Chancha Via Vircuito, Nicola Cruz, El Remolon, Ramiro Musotto e Fatoumata Diawara.

Foto: Divulgação

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